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18ª edição do Portugal de Lés-a-Lés 2016 ligou Albufeira a Vila Pouca de Aguiar

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18ª edição do Portugal de Lés-a-Lés 2016 ligou Albufeira a Vila Pouca de Aguiar Empty 18ª edição do Portugal de Lés-a-Lés 2016 ligou Albufeira a Vila Pouca de Aguiar

Mensagem  Convidado junho 17th 2016, 12:37


Foi uma recordista caravana de 1684 participantes em mais de 1500 motos, que completou as duas etapas deste evento organizado pela Comissão de Mototurismo da Federação de Motociclismo de Portugal.

A maior maratona mototurística da Europa assentou em números astronómicos: ao todo, somaram-se mais de milhão e meio de quilómetros na travessia de Portugal Continental e no Passeio de Abertura que mostrou o concelho de Albufeira aos participantes.

Desde os icónicos locais de diversão nocturna das décadas de 1980 ou 90 até à actualidade, como o Kiss ou o Kadoc, passando pelas mais famosas praias, de Olhos de Água à Falésia, da Galé a St.ª Eulália. Pelo meio ainda houve tempo para molhar os pés no primeiro dos 20 postos do controlo do evento, com uma excelente encenação dos sempre bem-dispostos elementos do Moto Clube de Albufeira.

Cerca de duas centenas de mototuristas espanhóis, vários franceses, holandeses, polacos, sul-africanos, brasileiros, angolanos, italianos, eslovenos e suíços contribuíram para a internacionalização deste evento, e todos tiveram oportunidade de ficar a conhecer um pouco do nosso país, pois tiveram oportunidade de provar a cerveja artesanal algarvia Marafada e os doces regionais da Santa Casa da Misericórdia da Albufeira.

O momento histórico do prólogo centrou-se na visita ao Castelo de Paderne, um “hisn” ou pequena fortificação rural, fundada pelos almóadas na segunda metade do século XII e o último bastião árabe conquistado em território nacional e que, por isso, mereceu honra de ser um dos sete castelos representados na bandeira nacional.

O pequeno farol da Ponta de Baleeira foi outro dos pontos mostrado com orgulho pelo presidente da Câmara Municipal de Albufeira, motociclista convicto, Carlos Eduardo da Silva e Sousa, um motociclista convicto, à longa lista de participantes que incluiu nomes bem conhecidos de diversas áreas como Cândido Barbosa, o ciclista português com maior número de vitórias, Armindo Araújo, o bicampeão mundial de ralis da categoria Produção, ou o actor Alexandre Martins, a que se juntaram o presidente da Câmara Municipal de Sabrosa, José Marques, e o vice-presidente da CM Paredes, Pedro Mendes.


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No dia seguinte, a primeira etapa do 18.º Portugal de Lés-a-Lés foi pródiga em bons momentos de condução. Muito por culpa da N2, a fabulosa estrada que é a maior do País e que liga Chaves a Faro ao longo de 738,5 quilómetros de bom piso e muitas curvas.

A jornada madrugadora desta que foi a mais longa etapa da história desta maratona, e que ligou Albufeira ao Bussaco Palace Hotel ao longo de 553 quilómetros, começou às 5 horas e 30 minutos, ainda noite escura, e felizmente o anunciado calor que prometia tornar a etapa num verdadeiro inferno, acabou por não se concretizar, tendo dado lugar a um tempo fresco e agradável para a prática do motociclismo.

A caravana começava assim a travessia do barrocal algarvio, seguia a N2, passeou nas margens da Barragem do Roxo e encontrou tesouros patrimoniais como a Igreja Nossa Senhora da Conceição, em Ferreira do Alentejo, ou a imponente Igreja Matriz das Alcáçovas, monumento de tamanha grandeza que quase abafa a centenária povoação…

A Anta de Pavia, o Castelo de Arraiolos, de singular arquitectura de planta elíptica, a travessia da Ribeira de Sor, a passagem a vau da Ribeira da Margem onde foi possível molhar… as rodas das motos e os pés dos condutores, antecederam uma paragem em Gavião que ajudou a restabelecer o ritmo cardíaco de uns e deu tempo para contar as histórias de outros.

A continuação da viagem começou com a travessia do Tejo através da Ponte de Alvega, vislumbrando as torres da Central Termo Elétrica e, sem parar no Picoto da Milriça, ponto obrigatório das primeiras edições do Lés-a-Lés, a caravana passou, ao longo de mais de 4 horas, mesmo ao lado do Centro Geodésico de Portugal, rumo à Sertã.

Mas o melhor estava para chegar, com a radical visita à ponte Filipina sobre o rio Zêzere, estreia absoluta no Lés-a-Lés e que foi a única ligação existente entre Pedrogão Pequeno e Pedrogão Grande, que é como quem diz, entre os distritos de Castelo Branco e Leiria.

Entre ancestrais muros de pedra e enormes sobreiros, através de uma íngreme descida empedrada, foram os mais corajosos (por acaso a grande maioria dos participantes!) até à ponte construída em 1610 e que só deixou de ser utilizada em 1970, com a construção da barragem do Cabril. E como depois de uma descida há, quase sempre, uma subida, tempo para transpirar rampa acima até à Ermida da Nossa Senhora dos Milagres.

Seguia-se Góis! O espaço junto ao rio Ceira, onde está a nova e belíssima sede do Góis Moto Clube, acolheu a última paragem antes da entrada na Mata Nacional do Bussaco, onde apenas houve tempo para vislumbrar pequena porção dos 105 hectares murados.

Aí houve o último controlo do dia, feito por “soldados napoleónicos” mesmo em frente ao Palace Hotel e pouco depois da passagem à porta do Museu Militar. Esta visita foi possível graças ao apoio da Fundação Mata do Bussaco, com os sensibilizados motociclistas a retribuírem com um importante apoio que ajudará a manutenção de tão importante património botânico.

Depois foi tempo de apreciar o palácio construído a partir de 1885 e que desde 1917 é considerado como um dos mais românticos e belos hotéis do Mundo, antes de descer até ao Luso, e passar no palanque instalado mesmo junto à fonte da famosa água, local onde a associação de hoteleiros e amigos do Luso, Aqua Cristalina preparou uma agradável festa para a recepção de todos os participantes.

Havia promessas de uma tirada mais tranquila, com mais e maiores pausas ao longo do segundo dia de percurso com pouco menos de 300 quilómetros, entre o Luso e a nascente da água das Pedras Salgadas, em Vila Pouca de Aguiar.

O forte nevoeiro matinal impediu desfrutar na plenitude da luxuriante serra do Bussaco, conferindo uma aura de ambiente quase místico, que se acentuaria na lagoa da Barragem da Aguieira. A curvilínea estrada N234 haveria de levar a caravana, ainda meio ensonada, até Mortágua e daí até Santa Comba Dão. Terra «colocada no mapa» pelo seu cidadão mais conhecido, António de Oliveira Salazar, figura incontornável da História de Portugal, com direito a conhecer o local onde nasceu e o sítio onde jaz o estadista.

Foi preciso chegar às Minas da Urgeiriça, que ainda tem mais de 300 toneladas de urânio armazenadas e um túnel de quatro quilómetros até Nelas, para começar a vislumbrar o sol que haveria de acompanhar a bem disposta turba até ao norte de Portugal. Céu limpo para melhor apreciar a espantosa vila de Santar, uma das que no nosso País possui maior número de solares e casas brasonadas, incluindo o Paço dos Cunhas, galardoado em 2009 como melhor local de enoturismo em solo nacional.

Penalva do Castelo e Satão foram os pontos seguintes no mapa da edição 2016 do Portugal de Lés-a-Lés, com nova e rápida estrada até à surpreendente praia fluvial em Vila Cova à Coelheira.

Seguiu-se a aldeia de Pendilhe onde os canastros, variante de construção em madeira dos também conhecidos por espigueiros para guardar o milho, e o museu propositadamente aberto ao sábado para visitantes motociclistas, anteciparam agradável petisquice de bola de carne e outras jóias da culinária regional.

Seguindo o rumo da N2, Lazarim, mesmo sem os caretos que por ali animam o Entrudo, Lalim e as suas casas brasonadas, Dalvares e a Casa do Paço onde funciona o Museu do Espumante; foram aperitivos para nova visita à Ponte e Torre de Ucanha.

O mosteiro de Salzedas, localidade que se destaca também pela surpreendente e muitas vezes esquecida judiaria medieval e onde foi possível entrar depois de pedir a chave à senhora do café em frente, preparava os viajantes para a travessia do rio Douro na barragem da Régua, também conhecida como de Bagaúste.

Subindo as encostas durienses em direcção à Meca dos Xassos, onde a 23 e 24 de Julho se realizam as “3 Horas de Resistência de 50 cc”, prova que atrai dezenas de pilotos e milhares de espectadores, que transformam por completo a pequena localidade do concelho de Santa Marta de Penaguião.

E já que de corridas se fala, nota para a passagem no circuito de Vila Real, apreciando os últimos retoques da pintura dos corretores de trajectória e à colocação de rails e redes de segurança, preparativos da próxima jornada do Mundial de Carros de Turismo (WTCC) que chega à capital transmontana a 24 de Junho para intenso fim-de-semana de competição.

Do novíssimo túnel do Marão, que completou a A4, apenas houve um rápido vislumbre, pois o Lés-a-Lés é passeio para outras estradas, e para recordar como se viajava em Portugal no tempo dos nossos avós.


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Até Vila Pouca de Aguiar, passando pelo vale de Jales, que já viveu dias de maior animação, quando o complexo mineiro ali laborava a todo o vapor na extracção aurífera, e por deliciosa vegetação, dos muitos carvalhos aos pinheiros do Oregon, vila que já se prepara para a partida da edição de 2017 do Portugal de Lés-a-Lés, faltando apenas confirmar a data exacta que, como acontece desde 1999, será algures no mês de Junho.

E daí até ao derradeiro palanque, instalado mesmo ao lado da nascente das águas das Pedras Salgadas, foi um saltinho, com direito a passeio para desentorpecer as pernas no Parque Termal, onde o Rei D. Carlos tanto gostava de passar largas temporadas.


fonte;andar de moto
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Mensagem  Convidado junho 18th 2016, 09:01




Acho que cruzei com alguns companheiros na N2. 18ª edição do Portugal de Lés-a-Lés 2016 ligou Albufeira a Vila Pouca de Aguiar 987653814
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Mensagem  Convidado junho 19th 2016, 01:56


No próximo ano estou a pensar participar, já que este ano coincidiu com o evento CPM "EN2: Chaves - Faro" a que não podia faltar...
::MAXI
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