Velas Iridium e Platina

Muito se comenta a respeito das velas Iridium, e se elas realmente fazem diferença no funcionamento do motor. Vou tentar explicar a diferença entre essas velas e as velas normais.

Todo motor de combustão por centelha precisa de velas de ignição. Elas são responsáveis por criar a faísca dentro da câmara de combustão no momento exato em que o combustível está comprimido, gerando assim a combustão do mesmo e, desta combustão, o movimento que faz o motor virar.

Irídio (Iridium no idioma Inglês) é um elemento metálico extremamente duro e raro, relacionado a platina. Além de sua dureza, a principal propriedade que faz o Irídio atraente como um material eletrodo para as velas de ignição é o seu altíssimo ponto de derretimento (quase 2.500 ºC).
O Irídio não é um excelente condutor energético, por isso ele é usado em forma de liga, misturado com outros metais como a platina, cobre e zinco, desta forma, se tornando uma liga extremamente dura, com alto ponto de derretimento e excelente condutividade elétrica.

Tradicionalmente as velas de ignição possuem eletrodos de cobre ou platina.





Sendo então um metal mais durável e resistente, o Irídio permite a fabricação de eletrodos mais finos, desta forma, a tensão necessária para fazer a faísca na vela é muito menor, o que tem trás algumas vantagens:
Menos tensão (volts) é necessária, o que diminui a carga no sistema de ignição do motor.
Permite um espaço maior entre o eletrodo e o aterramento da vela sem aumentar a carga no sistema de ignição. Mais espaço significa uma faísca maior e portanto, aumento na eficiência da combustão.
Faísca mais precisa, sempre na posição correta e com o tempo correto, o que aumenta a eficiência da combustão.
Melhora na resposta do acelerador.
Economia de combustível (que depende mais de como você aproveita a melhora na resposta do acelerador)
Aumento na vida útil da vela. Velas de Iridium costumam ter o dobro da durabilidade.
Aumento da potência do motor (em torno de 1 a 3%)
Parece ótimo, não? No entanto, substituir as velas do motor por velas Iridium não significa ter todas essas vantagens, e cada motor vai ter um comportamento diferente com este tipo de vela. Alguns motores nem mesmo possuem uma vela Iridium recomendada como substituta de uma vela tradicional.

Texto retirado de --> Fonte





1) Quais as vantagens de usar uma vela de Iridium ou Platina?  
2) Meu carro/moto é 100% original, posso usar uma vela de Iridium?
3) Meu carro/moto é flex, posso usar uma vela de Iridium?                                    
4) Numa conversão para GNV, qual tipo de vela devo utilizar?
5) Numa conversão de gasolina para álcool, qual tipo de vela devo utilizar?
6) Meu carro foi turbinado, qual tipo de vela devo utilizar?
7) Existe algum risco no uso de uma vela Iridium num motor que use originalmente vela comum?
8) Posso usar velas de Iridium/Platina com injeção de nitro(óxido nitroso)?



1) Quais as vantagens de usar uma vela de Iridium e Platina?
Iridium e Platina são metais nobres muito duros que possuem alta resistência ao desgaste e alto ponto de fusão. Devido a isso, possibilitam a fabricação de eléctrodos com diâmetro reduzido, quase como uma agulha, melhorando muito a ignibilidade e durabilidade das velas.
As velas de Iridium possuem eléctrodo central com diâmetro de 0,4mm a 0,7mm, enquanto as de Platina possuem eléctrodo de 0,7mm a 1,1mm de diâmetro. As velas comuns possuem eléctrodo central com 2,5mm de diâmetro em média.
Actualmente as velas de alta ignibilidade/performance, como as de Iridium ou Platina, são originalmente aplicadas em motores modernos mas também são uma óptima opção para os motores mais antigos e/ou que usam originalmente velas comuns.
Ao substituirmos uma vela comum por uma vela com eléctrodo central de metal nobre com diâmetro reduzido, podemos esperar as seguintes vantagens:
- Acelerações e retomadas mais rápidas;

- Maior economia de combustível;

- Maior estabilidade de marcha lenta;

- Redução na emissão de poluentes;

- Partidas mais fáceis, mesmo em dias frios;

- Queima de misturas ar/combustível mais pobres;

- Menor índice de falhas de ignição;

- Menor carbonização;

- Maior durabilidade da vela;

- Redução na tensão/voltagem requerida para centelhar;


Em motores que usam originalmente velas comuns multieletrodo e/ou convertidos á GNV, os ganhos são ainda maiores.


2) Meu carro/moto é 100% original, posso usar uma vela de Iridium?
Sim, claro! Na verdade, seria desejável que você sempre utilizasse uma vela de Platina ou Iridium mesmo que seu motor seja 100% original.
Muitas pessoas acham que as velas de alta ignibilidade/performance, como as de Iridium, só devem ser aplicadas em motores preparados mas não é verdade. Quanto melhor a ignibilidade da vela, melhor será o funcionamento do motor.

3) Meu carro/moto é flex, posso usar uma vela de Iridium?
Pode, e deve usar! Os motores flex atuais possuem maior taxa de compressão, o que exige mais do sistema de ignição. O etanol, por ter maior resistência dieléctrica que a gasolina, também exige mais do sistema de ignição. Com isso, usar  velas de melhor ignibilidade/performance, como as de Iridium,  trará inúmeros benefícios ao seu motor flex.

4) Numa conversão para GNV, qual tipo de vela devo utilizar?
Consideramos obrigatório o uso de velas com melhor ignibilidade e durabilidade, como as de Iridium ou Platina, em motores movidos a GNV.
A vela de ignição original é desenvolvida para as condições originais do veículo. Com a adaptação do GNV estamos alterando as características originais e por ser um combustível seco e trabalhar com mistura mais pobre que a original, o GNV exige maior tensão/voltagem do sistema de ignição para o centelhamento. Esse acréscimo varia de 3kv a 5kv(mil volts). Além disso, o uso do GNV é considerado aplicação severa e desgasta mais a vela.
Os ganhos proporcionados por velas de Iridium ou Platina são bem maiores com GNV.

5) Numa conversão de gasolina para álcool, qual tipo de vela devo utilizar?
Como o álcool tem resistência dielétrica maior que a gasolina, recomendamos que use velas com melhor ignibilidade como as de Iridium ou Platina, que também facilitam muito a partida a frio.
Se a taxa de compressão do motor foi mantida, use velas com o mesmo grau térmico original. Caso a taxa de compressão tenha sido aumentada, o que é ideal numa conversão gasolina para álcool, será necessário o uso de velas mais frias e também com melhor faísca já que a taxa de compressão aumenta a tensão/voltagem requerida para o centelhamento.
Quando o motor é taxado, não é possível afirmar com certeza qual o grau térmico a ser usado sem realizar um teste termométrico no motor.

6) Meu carro foi turbinado, qual tipo de vela devo utilizar?
Ao instalarmos um turbo compressor aumentamos o rendimento volumétrico do motor e mais calor é gerado na câmara de combustão. O aumento da pressão interna da câmara de combustão também dificulta o centelhamento da vela. Com isso torna-se necessário o uso de uma vela com melhor ignibilidade, como as de Iridium, e grau térmico adequado a nova configuração do motor, no caso uma vela mais fria(dissipação mais rápida do calor).

Conforme informação da NGK, para determinação do grau térmico de uma vela é necessário a medição da temperatura da ponta ignífera da mesma em várias situações de funcionamento do motor, contudo esses testes e ensaios só podem ser realizados com equipamentos apropriados.
Sendo assim, não há como indicar com certeza o grau térmico adequado para um motor que foi modificado.

7) Existe algum risco no uso de uma vela Iridium/Platina num motor que originalmente usa vela comum?
Desde que faça a conversão apropriada do modelo comum para a de Iridium/Platina, não existe nenhum risco, muito pelo contrário, só benefícios....

8) Posso usar velas de Iridium/Platina com injeção de nitro(óxido nitroso)?
Não recomendamos o uso com nitro de velas que tenha eletrodo de Platina e/ou Platina no eletrodo lateral. Existem relato de casos onde as pontas de platina se soltaram com o uso de nitro.
No caso das velas de Iridium, são totalmente seguras para uso com nitro.
Obs.: O uso de nitro também requer o uso de velas mais frias que a original.

Texto retirado de --> Fonte



Acho que dá para perceber um pouco mais sobre o que é uma vela iridium e qual "o ganho" que ela tem perante as normais.

Ficam aqui com mais 2 link's que podem tentar ler

- https://www.ngksparkplugs.com/products/spark-plugs/g-power

- http://www.nology.com/silver.html


Fica aqui a minha ajuda perante este tema  


Boas curvas

Obrigado Axe
Ficamos elucidados.
Sou capaz de experimentar. Eu sei que para a DT 300i é a NGK CR7 EIX iridium (julgo que para a DT 125 será a mesma referência, mas não pesquisei em particular para esta).
Também me disseram que duram pelo menos o dobro, mas que só valeria a pena para motos de elevada performance...
Abraço
.

Ice escreveu:...
só valeria a pena para motos de elevada performance...
Abraço
.

Então não é perfeita para a downtown? Elevada performance é ela mesmo



Boas curvas

Excelente tópico AXE, agora sim, fiquei esclarecido das verdadeiras diferenças entre a vela normal e iridium, Realmente notei nestes 15 dias antes da vela ir a vidinha alguma diferença no comportamento da DT. Para melhor!

Bom tópico

Só mais uma achega sem querer duvidar ou levantar polémica.
Andei hoje á procura da vela para a minha DT 300i, cuja referência vi neste site "http://motointercom.eu/shop/pt/4050-downtown-series", e que será a NGK CR7 EIX iridium.
No catálogo da NGK que vi no link da NGK Europe para a Kymco não há referência á Dowtown.
Numa loja mostraram-me um site supostamente da NGK (não deu para ver a origem) onde dizia que as velas de iridium não eram aconselhadas para a DT...
Falei com 2 oficinas oficiais da Kymco que não têm disponível em stock a NGK CR7 iridium, só a CR8 que parece ser a mais usada para outras motos, e ficaram admirados porque queria eu montar vela iridium na DT?
Falei e fui a várias oficinas de motos e só encontrei a NGK CR8 e todos me disseram que para a DT não valia a pena usar iridium, que ia pagar muito mais e não notaria melhorias evidentes.
Houve mesmo uma oficina que fez a seguinte analogia: "era como usar gasolina de avião para andar no pára-arranca da cidade..."
Parece que a referência mais usada é a CR8, julgo que para outro tipo de motas, e disseram que até poderia usar na DT mas seria mais indicada para o verão. No Inverno iria custar mais a pegar... Será por isso que tenho lido várias queixas nos fóruns de companheiros a quem colocaram na oficina velas NGK CR8 iridium, e depois não funcionavam bem ...???
Bom, para haver tanta polémica sobre este tema deve ser por alguma razão.
Como não encontro á venda em Lisboa, e porque não vou mandar vir da Net só 1 vela, parece que me vou manter com a vela normal, pelo menos até á próxima revisão (dos 20.000 km, faltam cerca de 2.000 km).
Obrigado a todos pelas explicações e opiniões.
Abraço e boas curvas.

Alguém me diz o preço e aonde comprar

Acho que anda entre os 10 e 15€

Nada como passares numa oficina que tenha e perguntares lá

Boas curvas

[quote="_AXE_"]


"... passares numa oficina que tenha e perguntares lá ..."


Também gostava de sugestões aonde?
Já perdi umas horas na Net á procura, e passei por umas quantas oficinas... e nada (só compra na internet on-line).

Estou-me a referir á referência CR7 eix.
A CR8 havia em quase todas as oficinas que fui. Para a Suzuki não deve ser a CR7... Deve ser mais fácil encontrar.

Eu comprei para a minha na rodabem no lumiar. O Arnaldo logo te vê qual a referência.

A duas oficinas cá em cima que fui, tinham tanto a CR7 como a CR8 Iridium. Quanto ao que te disseram nas oficinas ICE... pois as opiniões variam muito de mecânico para mecânico. Já as vi na net a CR7 a 18 €. A minha CR8 custou como podem ver no meu DB, 14,23 €. Segundo algumas opiniões como a minha DT está alterada, variador JCosta e escape JCosta, funcionaria melhor com a vela Iridium, e como tinha que a mudar, porque não experimentar... tive foi um pequeno azar, a vela que me colocaram deu problema, mas até agora o assunto ficou resolvido com uma nova, sobre garantia da outra.

Obrigado Nuno por mais uma opinião positiva. Mas saliento que numa oficina Kymco me disseram que a CR8 serve, mas é mais fria mais adequada para verão, no inverno pode trabalhar pior a frio. A indicada para a DT é mesmo a CR7.
Abraço

Boas
A minha DT já anda com uma cr7 eix á cerca de 12000km , não notei nada de significativo, mas a poupança de trabalho de cada vez que é preciso muda´-la , compensa.
quanto a preço, mandei vir do Ebay e paguei por duas com portes cerca de 21€.
O melhor era juntarem-se e mandarem vir doEbay, sempre é mais barato e dividem os portes

Eu já usei na 125 que tive.
Não notei  diferença.
quanto à relação Km/preço, tambem não vejo vantagem.
Faz o dobro de Km; Custa o dobro!  

Obrigado Fantasma do Lençol pela lembrança da Rodabem, que eu até já conhecia, mas das peças para bicicleta que também tem.

Pois fui lá, e tinham a vela NGK CR7 EIX iridium, e comprei-a: 15 € e uns centimos (não têm acordo de descontos com nenhum dos clubes, mas disseram-me que se os contactarem estão abertos para tal). Boa loja, vário material, bom atendimento.

Pois dou a mão á palmatória, e retiro as minhas dúvidas relativamente á vela de iridium, e o mestre Axe lá sabe, geralmente não falha...
Montei-a hoje (realmente, cada vez mais me parece que a Kymco precisava de uns bons projectistas com experiência para muitos pormenores... o mudar de velas é para demorar... Se houver uma avaria na estrada, ter de desmontar banco, interior do cofre do banco e um relativo mau acesso, não abonam muito a favor. Mas nem tudo pode ser perfeito. Em compensação o motor e a estética não há melhor na categoria).

Na minha opinião valeu a pena a vela iridium, a scooter parece estar com muito mais genica nos arranques e aceleração. Não tive ainda tempo de formar opinião quanto ao resto, mas no próximo Domingo, após a passeata de + de 200 km, já deve dar para formar melhor opinião. Para já, acho que valeu a pena. Só por curiosidade refiro que a vela que retirei tinha cerca de 7.000 km e mantinha bom aspecto, mas já nada como nova.

Aproveitei ter desmontado o cofre debaixo do banco, fiz um furo com uma broca de 18 mm na parte posterior vertical chegado acima (muito fácil e ficou perfeito), e mudei para lá a luz de iluminação do cofre, pois no local onde estava ficava logo tapada e não servia para nada... (mais uma brilhante concepção dos projectistas da Kymco....). Só tive que acrescentar o cabo nuns 15 cm, pois não chegava bem á parte de trás do cofre.

Aproveitei também para lubrificar e afinar os cabos que fazem abrir os trincos do banco a partir da chave de ignição. Bem precisava e ficou outra coisa, muito melhor. Os cabos tinham muita folga, para além de estarem muito secos, e desde sempre tinha alguma dificuldade em abrir os trincos do assento, só fazendo um bocado de força no final do curso da chave... Pelas queixas que tenho lido nos fóruns parece haver muitos companheiros com problemas na abertura do banco, pelo que sugiro que façam a afinação (muito fácil) e se possível lubrifiquem os cabos (isso já não é tão fácil...)

E pronto, hoje já fiz alguns "bricos" e acho que valeram a pena.

Abraço a todos e boas curvas.

Em off-topic...


Queremos ver fotos desse DIY



Boas curvas

Axe, lamento mas não tirei fotos...
Após o passeio de Domingo de 300 km, mantenho a minha boa opinião sobre a vela iridium... Acho que vale a pena na DT 300i.
Abraço e boas curvas.

Mais uma info para acrescentar a tudo o que foi dito ...





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Boas curvas